quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Desejo poético


No quente desejo que me consome
Não sou eu que te seduzo,
Regente de ardil palavras,
Dispo-te a alma, não para que eu veja,
Mas para que acordes, e te olhes
Para que te admires em ti, no ser
No querer, no vil desejo que te consome,
Não, nunca fui culpado, nunca serei,
Por apenas te retirar a venda, por olhares
Por veres agora, como amar, sem mesmo
Te tocar o corpo, sem um sopro sentir,
Apenas pelo dom da palavra
Que de mim, ecoa em tua mente!
Sírio de Andrade®
In: Seduz-me
 

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